quinta-feira, 7 de julho de 2011

Guabiroba

A gabirobeira pertence à família Myrtaceae, a mesma da goiabeira, e ao gênero Campomanesia, que apresenta 25 espécies distribuídas do México à Argentina sendo 15 delas nativas do Brasil. A espécie C. xanthocarpa subdivide-se atualmente em duas variedades: xanthocarpa e littoralis. O nome Campomanesia é uma homenagem ao naturalista espanhol Rodrigues de Campomanes e xanthocarpa é uma palavra grega que significa fruto (carpos) amarelo (xanthos).
O nome gabiroba tem suas raízes na língua tupiguarani e significa casca amarga. Dentre os seus nomes populares, destacam-se guavirova, guabiroba-miúda e guabirobeira-do-mato.
A planta é rica em vitamina C e seus frutos e folhas são utilizados no combate à gripe. As cascas possuem substâncias adstringentes que são indicadas no tratamento de diarréias, cãibras e males do trato urinário. É um fruto globoso, de sabor adocicado, de cor verde-amarelada e com poucas sementes.
Pode ser consumido in natura ou utilizado para se fazer doces, sucos e sorvetes, além de servir de matéria-prima
para o preparo de um delicioso e bastante apreciado licor.
No Brasil, a espécie ocorre de Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, sendo encontrada também no nordeste da Argentina, leste do Paraguai e norte do Uruguai.
Nas matas, onde a espécie ocorre, os frutos dessa planta servem de alimento para grande número de pássaros, pequenos mamíferos, peixes e até répteis, como o lagarto-teiú, que juntamente com o mono-carvoeiro, representam os dois principais agentes dispersores de suas sementes.

Hoje, a presença da árvore se restringe aos quintais e pomares caseiros no interior do país, já que não há cultivos comerciais expressivos dessa planta. A planta também é recomendada para arborização urbana. De fácil manutenção, ela quase não necessita de podas de condução e ainda produz abundante floração branca, o que lhe confere aptidão paisagística. São valorizadas ainda suas qualidades como planta melífera.

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