Acredita-se que a uva selvagem, nativa da Ásia, espalhou-se pelo mundo muito antes do surgimento do Homo sapiens. Fruto primordial, começou a ser domesticado há cerca de 6.000 anos. Depois disso, não demorou muito para que o ser humano descobrisse a maravilhosa propriedade de fermentação da uva e sua transformação em vinho.
A bebida, desde suas origens, tinha uma conotação divina e era usada ritualmente. Não surpreende, portanto, que a uva, sua ”matéria-prima”, tenha sido venerada pelos povos antigos.
Gregos e romanos se dedicaram a melhorar as espécies de uvas viníferas, mas também apreciavam a uva de mesa, fresca, e as passas, de uva seca.
Com o advento do Cristianismo, o cultivo da uva para a produção do vinho tornou-se essencial — o vinho é central na liturgia da missa. O cultivo da uva de mesa foi deixado de lado, e o consumo da fruta fresca tornou-se algo incomum. Algumas espécies que não serviam para a produção de vinho, como a uva Itália, eram destinadas à alimentação de animais.
Os colonizadores espanhóis e portugueses levaram a uva às suas colônias no Novo Mundo. Assim, podiam ter o vinho indispensável à celebração das missas e à missão catequizadora dos povos indígenas.
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