quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ameixa Preta



Do fruto da ameixeira, planta encontrada em todos os continentes com exceção da Antártica, é produzida o que os brasileiros chamam de ameixa preta, ou seca. O que para nós é obvio, devido ao tom que a fruta ganha ao ser desidratada, pode gerar confusões: a ameixa preta é, em termos botânicos, uma das centenas de variedades da ameixa fresca.


O processo de desidratar ameixas começou, provavelmente, na região do Mar Cáspio, considerada como a área de origem da ameixeira européia, uma das duas únicas espécies de ameixeiras cultivadas comercialmente. A outra espécie é a ameixeira japonesa que, na verdade, é originária da China. A fruta da espécie européia é a mais apropriada para a produção da ameixa seca.


Não se sabe ao certo quando o homem começou a desidratar a fruta. Os antigos egípcios já o faziam: as ameixas eram parte das provisões enterradas junto com os mortos para garantir-lhes sustento em sua viagem ao outro mundo. Entre os antigos gregos e romanos, os poderes laxantes da ameixa seca já eram bastante conhecidos.


A produção quase comercial da ameixa desidratada começou ainda na Idade Média, no sudoeste da França, quando pequenos empreendedores lançaram a ameixa seca de Agen — a variedade Agen, que pertence à espécie européia, é, até hoje, uma das melhores para a fabricação de ameixa seca.


Até o século 19, a ameixa seca era muito utilizada nas grandes navegações, por ser uma rica fonte de nutrientes, que pode ser conservada por um longo tempo. Ela chegou à América do Norte com os pioneiros da colonização, no século 17, que também introduziram o cultivo da ameixeira européia. A espécie japonesa foi introduzida mais tarde, no século 19.

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