quinta-feira, 23 de junho de 2011

Caqui

O caqui, fruto do caquizeiro, também é chamado de dióspiro em Portugal, nome de origem grega que significa ’alimento de Zeus’.
É originário da Ásia, principalmente China e Japão, e chegou no Brasil, em São Paulo, em 1890. A expansão da cultura só ocorreu a partir de 1920, com a chegada dos imigrantes japoneses que trouxeram outras variedades e o domínio da produção.
É muito cultivada na região sul do Brasil e no estado de São Paulo, pois se adapta melhor em climas amenos e frios (subtropical e temperado). O Estado de São Paulo é o principal produtor brasileiro de caqui, possuindo uma cultura bastante desenvolvida e de relevante importância econômica. A colheita do caqui paulista ocorre de fevereiro a junho, com pico nos meses de março e abril.
Dentre as muitas variedades de caqui, algumas foram trazidas diretamente do Japão e outras foram desenvolvidas no Brasil, visando melhor adaptação às condições climáticas do país, além da busca por uma melhor qualidade dos frutos obtidos.
Algumas variedades não têm sementes. Em relação ao sabor, existem as doces e as chamadas “azedas” ou que “travam a boca”. A variedade vermelha, quando madura, é muito doce e mole, o que requer bastante cuidado em seu transporte. É esta a variedade consumida em Portugal e chamada dióspiro. A variedade conhecida como caqui-chocolate é de cor alaranjada e tem esse nome por conter riscas cor de chocolate em seu interior. É uma variedade mais dura, resistente e menos doce que a vermelha.
O caqui é uma fruta saborosa que atende a diversos tipos de paladares, de acordo com a variedade consumida. É pouco calórica e apresenta quantidades significativas de fibra alimentar e vitaminas A e C. Por esse motivo, pode auxiliar no bom funcionamento do trato gastrointestinal, acuidade visual, na defesa imunológica do organismo, entre outros, além de evitar doenças carenciais, como a hipovitaminose A e o escorbuto. Sendo uma fruta de caldo, contém grande quantidade de água.
Seu maior consumo é na forma in natura, mas, eventualmente, pode ser utilizado em preparações como suco, na forma de passa, doce e receitas culinárias, de acordo com a criatividade do apreciador. Em alguns países, é preparado em uma conserva de vinagre, para acompanhar pratos salgados.

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